Crítica | T2: Trainspotting
Trainspotting surgiu em 1996, conversando com os jovens, mostrando que cada escolha tem uma consequência e como não é fácil viver. Em T2: Trainspotting são 20 anos há frente contando a história daqueles jovens que decidiram não só viver, mas mudar totalmente suas vidas.
O longa não passa apenas de uma continuação, ela retorna com a direção de Danny Boyle e o roteirista John Hodge, não repetindo os feitos de 96, mas nos levando em uma jornada ao passado, cheio de nostalgia e bom humor, justificando um segundo filme.
As drogas são deixadas de lado, o eletrônico e punk rock prevalecem, junto com dependência física e psicológica. Entendemos muito bem isso quando Renton (Ewan McGregor) aconselha Spud (Ewen Bremner) ¨Você é um viciado, apenas vicie-se em outra coisa¨. T2: Trainspotting faz isso do seu jeito, não romantizando nada e sendo direto, preenchendo vazios ao invés de criar mais questionamentos, seja com a tecnologia - redes sociais - as drogas e atividades criminosas. Como diz Begbie (Robert Carlyle) ¨O mundo muda, mesmo que você continue o mesmo¨, mostrando que amadurecer faz parte da vida e que devemos tirar o melhor proveito possível disso.
São as reflexões, piadas e atuações de McGregor, Bremner, Carlyle e Jonny Lee Miller, que dão o tom do filme, dando espaço para reencontrarem seus personagens e viverem a juventude novamente.
T2: Trainspotting não quer repetir as sensações de um viciado em seu quarto vendo um bebê no teto, mas sim criar novas situações para mostrar o amadurecimento dos personagens, evitando que o filme seja uma continuação qualquer, mas que todos querem deixar seu passado para trás e viver o agora.
Nota: 5|5