Crítica | 13 Reasons Why - 1ª Temporada
Adaptações de livros são sempre um grande desafio - como Senhor dos Anéis e A Cabana - ,mas e quando a adaptação não vai para as telas de cinema, mas sim, para a TV ?. É o que Brian Yorkey consegue fazer bem para a nova série da Netflix, 13 Reasons Why (em tradução br “Os 13 Porquês “).
Baseada no romance de Jay Asher, a nova produção da Netflix mostra como a vida de um adolescente no colegial pode ser perturbadora. Após sofrer uma série de abusos - tanto físicos como psicológicos - Hannah Baker (Katherine Langford), de 17 anos, se encontra destruída, seguindo o único caminho que ela poderia ficar em paz: a morte.
Após duas semanas, Clay Jensen (Dylan Minnete), amigo e com sua paixão em segredo pela garota, recebe em sua casa uma caixa com fitas cassete. Ao escutar cada fita, um flashback ocorre em sua mente, o fazendo ver - e lembrar - como a vida jovem é complicada, e como diz Hannah em uma de suas fitas: “Talvez eu nunca saiba por que vocês fizeram o que fizeram. Mas eu posso fazê-los sentir como foi” querendo que cada um entenda o porquê de seu suicídio.
Com produção de Selena Gomez e Tom McCarthy, 13 Reasons Why caminha muito bem durante os episódios, com sua narrativa impecável e seu jeito de não ficar do lado de ninguém, mas de simplesmente contar a história de cada um e seu envolvimento com Hannah, dando a oportunidade de entender seus atos - já que ninguém é bom e mau.
Com atores estreantes na tela, todos trazem uma atuação incrível, mas quem realmente brilha na tela são Minnete e Langford, com suas explosões de emoção e ótima atuação. Quem mostra também que faz um incrível trabalho é Kate Walsh, que interpreta genuinamente bem a mãe de Hannah, mostrando a dor de uma mãe ao perder o filho.
O único erro da série e perder o foco em certos momentos da trama, deixando às vezes meio confuso a continuação de um episódio para outro, o que acaba não sendo bom na hora de maratonar.
Com ótimas atuações e história envolvente, 13 Reasons Why, mostra que se uma garota morta tem uma história para contar, devemos parar e ouvi-la.
Nota: 4/5