Crítica | Estrelas Além do Tempo
O programa espacial da NASA até hoje é um dos mais importantes do mundo. Com a corrida espacial na década de 50\60 foi um grandes desafios para os EUA, com a União Soviética mandando seus satélites para o espaço, enquanto a NASA sofria com muitas falhas em seus projetos e gastos gigantescos.
Com a criação dos ¨computadores humanos¨,que era um custo muito mais barato, já que eram pessoas – especificamente mulheres – que faziam todos os cálculos e analise de trajetórias. E é isso que vemos em Estrelas Além do Tempo, a história de três mulheres que queriam fazer parte da corrida espacial e mostrar que ciências e engenharia também é coisa de mulher.
Conhecemos a história de Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), que fizeram a diferença, venceram preconceitos e hoje são reconhecidas pelos seus feitos. Mesmo que a história tenha foco em Johnson, uma prodígio da matemática desde criança, o longa consegue muito bem equilibrar e contar da maneira certa a história das três protagonistas: com os desafios de mudar de setor, Vaughan precisa se adaptar com a chegada de um computador da IBM – que compromete seu emprego - e Jackson quer estudar para se tornar uma engenheira. E também sempre com o obstáculo do preconceito racial e de gênero.
Os coadjuvantes Kirsten Dunst e Jim Parsons se destacam como um certo alivio cômico e boas piadas, mas nem sempre convence, já que em alguns momentos temos um Sheldon (The Big Bang Theory) mais mal-humorado. Kevin Costner se destaca como um mentor da personagem de Taraji, como o diretor da NASA Al Harrison.
Estrelas Além do Tempo conta uma história que muitas pessoas podem se inspirar, de seguir seus sonhos e quebrar barreiras, e o que destaca a história ainda mais é que o diretor não torna as personagens vitimas, mas sim mostra que cada vez que caímos temos que nos levantar e tentar de novo sem desistir, o que torna ainda mais inspirador por ser uma história baseada em fatos.
Nota: 4/5