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Crítica 2 | Animais Fantásticos e Onde Habitam


Já faz 15 anos desde a estreia de Harry Potter e a Pedra Filosofal, e só me lembro de ir ao cinema e conhecer aquele mundo mágico e personagens incríveis, e depois Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 (2011) e chorar, que a história em Hogwarts tinha sido finalizada.

Mas então em 2013 a Warner Bros anuncia a volta do mundo mágico aos cinemas, com Animais Fantásticos e Onde Habitam. Senti mais que uma animação, mas parecia que minha carta de Hogwarts finalmente tinha chegado, e que iria relembrar de uma grande parte da minha infância.

A história é protagonizada por Newt (Eddie Redmayne), que chega a Nova York sem nenhum tipo de maldade, apenas com uma maleta e seu estudo com animais. E acaba então conhecendo Tina (Katherine Waterston), que faz a ponta para o Congresso Mágico dos Estados Unidos da América (MACUSA); sua irmã Queenie (Alison Sudol), tem o poder de ler mentes e consegue tirar informações muito preciosas de sua mente, que talvez o personagem nunca contasse; e Jacob, um trouxa ou no-maj que representa bem como os humanos podem ficar assustados e também fascinado com o desconhecido.

Nos apresentando o mundo mágico e a Nova York 70 anos antes da história de Harry Potter, a grande ameaça que vemos nos jornais é Grindelwald, bruxo obcecado pelas Relíquias da Morte e por uma “nova ordem mundial”. Dando um tom mais adulto, como nos últimos filmes da franquia HP. Com a direção de David Yates, recebemos aquele abraço de volta ao mundo e como ele sabe criar muito bem o mundo de J.K. Rowling nas telas, com a maleta infinita de Newt, o guarda-chuva invisível e a câmara da morte.

O elenco escalado para o filme deixa a história muito bem equilibrada. Com o lado "iluminado" e o sombrio, dando o tom exato e onde cada deve estar. E então temos a entrada de Johnny Depp como Grindelwald. Não era esperada sua aparição logo no primeiro filme – já que boatos diziam a chegada apenas no segundo – o que pode ter seu lado positivo e negativo, já que vemos apenas uma aparição e o vemos como um personagem estranho, como de costume.

O filme tem um ótimo visual, fotografia, efeitos visuais e cor, mas acaba pecando um pouco no 3D, que em momentos deixa a imagem um pouco escura e pode incomodar o telespectador no cinema. As cenas de reconstrução de prédios, a hora que entramos na maleta de Newt e o teletransporte ganham em efeitos que você acredita que aquilo tudo é real.

Rowling consegue muito bem com Newt Scamander e seu jeito desajeitado ser o nosso guia deste primeiro filme, nos introduzindo em outro tempo e uma nova história, abrindo um caminho para os próximos quatro filmes. Só nos resta agora esperar pelos próximos e deixar que Newt nos mostre como o mundo bruxo pode ser gigante e que não existe somente magia em Hogwarts.

HOLANDÊSVOADOR

Embarcando no cinema

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