Crítica | Missão Impossível 5: Nação Secreta - Tom Cruise é o nome da ação!
Nesta quinta (13) chegou aos cinemas o quinto capítulo de 'Missão Impossível', franquia estrelada por Tom Cruise.
Durante a pré-produção de Protocolo Fantasma (2011), rodaram boatos de que a escalação de Jeremy Renner para o elenco seria para ser o novo protagonista dos filmes, mas isso nem chegou perto de acontecer. Renner é um bom e carismático ator, mas Cruise é o dono e a cara dos filmes. E em Nação Secreta não é diferente. O ator está incrível e se superando cada vez mais!
Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe assumem a missão mais impossível de todas: erradicar o Sindicato – uma criminosa organização internacional, tão habilidosa quanto eles, que está empenhada em destruir a IMF.
Brad Bird é substituído pelo competente Christopher McGuirre na direção, responsável por Operação Valquíria e Jack Reacher, ambos com Cruise, foi um acerto chamar um conhecido do astro. Nas entrevistas e bastidores, os 2 parecem grandes amigos. A mudança na direção faz todo o sentido, uma vez que Tom Cruise explicou a importância de ter um diretor diferente por filme para cada obra ter um tom diferente, e é o que acontece. Missão Impossível 3 (de J.J. Abrams) é o filme mais pessoal de Ethan Hunt, mostrando seu casamento e a melhor atuação da carreira de Tom Cruise (somado ao belíssimo trabalho em cena do eterno Philip Seymour Hoffman). Protocolo Fantasma mostra evolução com um roteiro intrigante e inteligente, além da novidade Jeremy Renner no elenco. Em Nação Secreta, a ação é extremamente empolgante e de tirar o fôlego.
A sequência do avião no primeiro ato é uma cena que vai entrar para a história. Ver o próprio Tom Cruise (sem dublês) se pendurando em um avião no ar e conseguir enxergar o quanto o ator se dedica e se diverte fazendo este tipo de stunt é inexplicável. Enquanto vemos Ethan tomando medidas extremas e desesperadas para salvar o mundo, vemos um Tom Cruise exibicionista (no ÓTIMO sentido) querendo se superar a cada filme. Mas não é apenas o astro quem brilha neste momento. Os ângulos de cima mostrando o avião decolando passam a tensão ao vermos o chão se distanciando. Ponto para McGuirre!
Outro brilhante momento do filme é a cena de perseguição em Marrocos (o que seria dos filmes de ação sem elas?). Seguido de um momento de tirar o fôlego - literalmente -, temos mais uma demonstração da competência de McGuirre na direção. Uma sequência que começa com um carro perseguindo uma moto nas escadas e é levada até ângulos de ponto de vista em primeira pessoa em uma avenida movimentada. E a maior parte do corte sem fundo musical.
O elenco é mais um excelente tempero do filme. Se já tínhamos Jeremmy Renner e Simon Pegg - este nas cenas mais hilárias do filme -, entram o sempre ótimo Alec Baldwin e a ladra-de-cenas Rebeca Ferguson. A atriz sueca é a personagem feminina mais forte de toda a franquia e merece ficar. Forte, independente e sagaz, a personagem é um show a parte do filme. Assim como para o IMF, suas intenções não são claras para o espectador e somos levados à desconfiança o filme inteiro.
A fotografia se destaca nas cenas em Marrocos, principalmente. Os tons amarelados casam com o clima desértico do país e resultam em sensação de calor em cenas que já tiram o fôlego por si só. Os momentos norturnos em Londres também valem ser destacados por mostrarem a elegância europeia em luzes de postes e velas acesas.
Com um roteiro com bastante fundamento, importante para filmes como muita ação, não deixando vazio, 'Nação Secreta' pode incomodar aqueles que se importam demais com o realismo extremo e com algumas reviravoltas até o último momento da fita. Porém, são coisas que eu, particularmente, gosto de ver em filmes de ação. Basta ir preparado.
'Missão: Impossível - Nação Secreta' atinge as expectativas e diverte até mesmo quem não é fã do gênero. Vale a pena conferir, é empolgante e envolvente do começo ao fim.