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5 dos personagens mais marcantes dos filmes do Tarantino

Uma entre tantas coisas marcantes dos filmes do Tarantino - um dos diretores mais visionários e reconhecidos do mundo -, são seus icônicos e inesquecíveis personagens. Podemos não lembrar todos os acontecimentos de um certo filme, mas seus personagens (que se completam com diálogos absurdamente bem construídos) sempre serão lembrados. Confira aqui uma humilde lista de 5 personagens marcantes do diretor:

5.Django (Django Livre)

Lembro quando Django Livre foi anunciado ainda em 2011 (Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson e Christoph Waltz no mesmo filme!!!), Will Smith estava perto de assinar os papéis para viver o personagem título, mas acabou recusando por achar que não seria protagonista suficiente. Então, Jamie Foxx lutou pelo papel e conquistou Quentin rapidamente (disputando o papel com Tyrese Gibson, da franquia Velozes e Furiosos). Confesso que no começo preferia a interessante ideia de Will Smith na pele de Django, mas a escolha certeira não podia ser melhor. Jamie Foxx se entregou de forma perfeita em um dos papéis mais difícies e controversos de sua vida. O ator sentiu orgulho em interpretar um herói negro, ainda que da ficção, em nome da história negra nos Estados Unidos. Com a ajuda de Tarantino, Foxx soube dosar perfeitamente entre o humor natural e físico e o drama empático e compreensivo que nos fazia torcer como se Django fosse de nossa família. Em certos momentos, seu lado mais interessante era o impulsivo, em cenas como quando desafiava verbalmente seu companheiro Dr. King Schultz ou insultava elegantemente Calvin Candie (vivido de forma brilhante por Leonardo DiCaprio). Afinal, personagens complexos são os mais interessantes.

4.Beatrix Kiddo/A Noiva (Kill Bill)

A Beatrix Kiddo de Uma Thruman só não está em primeiro lugar por uma questão de preferência do autor que vos fala, pois independente do meu gosto, a Noiva é uma das maiores marcas do diretor e até mesmo do cinema. Ela não precisa ser uma representante do sexo feminino ou um símbolo, Beatrix é uma mulher furiosa e decidida em busca de uma brutal vingança. Logo no início do primeiro filme, conhecemos um lado muito interessante da personagem, quando já sabemos que foi uma assassina: durante uma luta com a personagem Vernita Green (uma ótima sequência sem fundo musical), Beatrix, que não poderia ser parada por nada, interrompe a briga ao ver a filha pequena de sua rival em um raro momento de trégua, mas logo em seguida, quando possível, a Noiva finaliza sua missão em um contra-ataque. O fato de interromper sua vingança ao ver a filha de Vernita (rendenção, pois foi exatamente a perda de sua filha que deu origem a vingança) não descaracteriza nem um pouco Beatrix, pelo contrário, a torna complexa e ainda mais interessante, porque ela não desiste de sua vingança mesmo nos momentos mais difícies de executa-la.

3.Hans Landa (Bastardos Inglórios)

Em 2009, Tarantino lançou um de seus melhores filmes: Bastardos Inglórios. Além disso, o ator austríaco Christoph Waltz estreava em Hollywood já garantindo a sua primeira estatueta do Oscar. Coronel Hans Landa é um vilão elegante e refinado, mas ao mesmo tempo frio e amedrontador. O filme tem uma das melhores cenas de abertura de todos os tempos. Tarantino apresenta o personagem ainda no prólogo, onde começa amigável e simpático e vai se transformando em um tom aterrorizante e imprevisível. Uma aula de direção somada a competência de Waltz em cena. Detestavelmente irônico e afiado, sem dúvidas o maior vilão dos filmes do Tarantino.

2.Jules (Pulp Fiction)

Passei horas pensando em quem escolher entre Jules (Samuel L. Jackson) e Vicent (John Travolta) pra essa posição, mas preferi ficar com o Bad Motherfucker porque acredito que suas frases icônicas marcaram mais. Pulp Fiction é uma obra perfeita na minha opinião. Todos os personagens são marcantes e muito bem interpretados. Sem contar, mais uma vez, a direção impecável de Quentin. Jules é apresentado no primeiro capítulo de forma bem humorada. É o tipo de personagem favorito do diretor. Agressivo e cruel. Ainda que o que mais chame a atenção seja o fato de ser um personagem temperamental e boca suja, apesar de um cristão que acredita em fé e Deus fervorosamente e sempre recita a Bíblia antes de matar alguém. Não é contraditório, é brilhantemente complexo e interessante.

1.King Schultz (Django Livre)

Um pouco mais para o lado pessoal, Dr. King Schultz (Christoph Waltz mais uma vez por aqui) é o meu personagem favorito dos filmes Tarantinescos. Repetindo a dupla com o diretor logo em sequência de Bastardos Inglórios, soava arriscado o ator fazer o mesmo papel em Django, mas não é o que acontece. Enquanto Hans Landa foi o vilão que adoramos odiar, Schultz era quem adoramos amar. A única semelhança entre os 2 foi o sotaque germânico. Waltz entrega um personagem gentil e culto de forma majestosa. O que lhe deixa mais marcante é o fato de ainda ser frio e sarcástico como complemento de sua personalidade. Schultz é um caçador de recompensas alemão que se apega ao escravo Django ao libertá-lo, resolvendo ajudar em sua missão de resgate. É totalmente visível em sua atuação física o quanto ele se importa com o personagem vivido por Jamie Foxx, as vezes sendo até mesmo impulsivo em suas atitudes. Vale destacar uma cena que eu gosto muito, quando Schultz conta para Django a lenda de como o Siegfried salvou a Brunhilda da montanha de fogo. Irônico como seus 2 personagens tem destinos diferentes e controversos (um queremos a morte, outro queremos que viva). Brilhante, Quentin.

E por falar em Tarantino, assista ao trailer do seu próximo filme: Os 8 Odiados!

HOLANDÊSVOADOR

Embarcando no cinema

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