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Como poderia funcionar uma série Live-action de Zelda?


Em fevereiro fomos presenteados com algumas bombas e uma delas foi o forte rumor de uma série live action de Zelda sendo produzida pela Netflix. Mas como isso pode funciionar bem? Quais são os pontos mais importantes da franquia que não podem ser ignorados? Qual história(s) deveria ser adaptada? Quantas temporadas? O Holandor Voadês tenta responder no seguinte artigo.

Como você sabe, os games da franquia The Legend Of Zelda não possuem uma cronologia direta e linear (apesar de existir em games como Ocarina Of Time e Majora’s Mask). Se eu for tentar explicar toda a linha do tempo de Hyrule, o artigo vai ficar longo demais para um site tão pequeno. Posso citar como exemplo o seguinte: o game mais recente da série (sem contar Hyrule Warriors) é Skyward Sword, mas a história é o começo de tudo. É o primeiro jogo da cronologia. As coisas ficam complicadas em Ocarina Of Time, quando são criadas duas linhas temporais: quando Link, o herói do tempo, triunfa; e outra quando ele falha. Com isso, são abertos dois caminhos para o resto dos jogos que sempre tratam de falar sobre algum herói do tempo do passado, tenha ele triunfado, ou falhado.

Como isso poderia funcionar numa série com atores? A única dica que nos foi dada foi que “será um Game Of Thrones para a família”. O que isso pode querer dizer? Claro que não teremos inúmeras cenas de sexo como na série de George R.R. Martin. Minha interpretação é a questão de um universo rico e estabelecido. UmaHyrule no melhor estilo Westeros. Raças, línguas, reinos, regimes, dinastias, intrigas de poder, religiões, traições, personagens secundários importantes e por aí vai. Claro, também, que uma série de Zelda vai ser muito mais leve do que Game Of Thrones, apesar de me lembrar de já ter arrancado a cabeça de Ganon umas vezes.

Como adaptar o legado de Link em uma série live-action? Será uma série de 13 episódios para a Netflix? Ou teremos temporadas após temporadas? Acredito que cada temporada irá contar a história de algum jogo. Vamos pensar em como funciona American Horror Story: cada temporada se passa em uma época diferente, as vezes, muito distante uma da outra, mas todas tem ligações. As temporadas se interligam. Acho que isso pode funcionar muito bem com a franquia Zelda. Não precisando contar as histórias em cronologia linear, mas fazer como é feito nos jogos. Porém, acho que ficar trocando de atores para viverem Link e Zelda pode ficar num estilo Doctor Who. Não acho que poderia funcionar tão bem assim.

Ocarina Of Time: Aqui temos a primeira temporada contando a história de maior sucesso da franquia. Uma Hyrule já estabelecida em regime monárquico e um Link ainda criança. Dependendo do número de episódios por temporada, a Netflix pode dividir em duas partes: o tempo em que Link é uma criança Kokiri e encontra aMaster Sword como gancho para a parte 2, quando teremos um Link adulto guiado pelos 7 sábios em um mundo sombrio governado pelo vilão Ganondorf.

Twilight Princess: Nos games, este não se trata de uma continuação direta de Ocarina of Time (aqui seria Majora’s Mask, como já falei), mas acho que pode funcionar dessa forma na série. Usando o mesmo Link e a mesma Zelda. Temos um vilão novo (Zant) e uma nova companheira de aventura (Midna), mas no final sabemos que Zant estava o tempo todo sendo controlado por Ganondorf, que retorna de seu exílio.

É claro que pode funcionar de forma linear. A histórias contadas na cronologia real de Zelda, começando por Skyward Sword, a criação de Hyrule e um vilão que não seja ainda o maior da mitologia do herói.

Sobre atores, ainda não sei quem eu gostaria de ver nos papéis (talvez David Bowie como Ghirahim?). Vejo muita gente já criticando que Link vai falar na série. Mas nunca foi dito que ele não fala. Em certos momentos dos jogos quando algum Npc pergunta nosso nome, quem responde? A ideia de um Link ”calado” nos games é que fique por conta da nossa imaginação o que e como ele responderia as pessoas e fatos, mas ele tem que falar na série. Temos que sentir empatia por ele, mas desta vez não estaríamos vivendo em sua pele, apenas o assistindo.

Séries como The Walking Dead e Arrow não seguem exatamente a obra original. Você diria que isso funciona? Eu acho que sim. É claro que é muito bom assistirmos na televisão/cinema algo que foi adaptado de algum material que adoramos, mas, talvez, se fosse tudo seguido como na obra original, já saberíamos tudo o que aconteceria. Levando em conta essas duas séries citadas, o Zelda da Netflix pode ter uma dinâmica diferente dos games. A questão abordada sobre um antigo herói do tempo há 100 anos a cada jogo não precisa ser adaptada com tanta exatidão. Eu sou a favor de uma série dividida por temporadas usando os mesmos atores até o fim.

A série original da Netflix ainda não tem data de estreia, mas fiquem ligados no nosso site para mais informações em breve.

HOLANDÊSVOADOR

Embarcando no cinema

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