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As 10 mortes mais inesperadas do cinema!


Quem não adora filmes que surpreendem? Surpresas como o fim de um mistério ou uma morte, mesmo que triste, mas chocante. Eu sou fã de reviravoltas (principalmente a do primeiro lugar dessa lista). Confira a minha lista de 10 mortes inesperadas em filmes (preciso dizer que tem spoiler?):

10.Rachel Dawes – O Cavaleiro das Trevas

Tudo bem que Rachel – personagem criada para o Batman de Christopher Nolan – não foi interpretada da melhor maneira, tanto por Kate Holmes quanto por Maggie Gyllenhaal, mas a personagem tinha sua grande importância para o vigilante de Gotham e, sendo assim, para nós. A ótima trilogia teve seu ápice emocional com a morte da amiga de infância (e paixão) de Bruce Wayne, quando o Coringa (apresentações dispensadas) a captura com Harvey Dent e os deixa em lugares separados para que um deles possa ser salvo pela polícia de Gotham e/ou por Batman, em explosões que aconteceriam ao mesmo tempo. O vilão entrega as coordenadas trocadas para o cavaleiro das trevas e isso faz com que salve a pessoa “errada”. Arrisco dizer que a morte de Rachel foi mais dura para Bruce do que a de seus pais, pois lhe fez abandonar o manto do vigilante e ficar recluso por 8 anos, afundado em uma depressão. O acontecimento foi muito importante para o desenvolvimento do personagem na sequência O Cavaleiro das Trevas Ressurge, onde encontramos um Batman desacreditado e fora de forma.

9.Tracy Mills – Seven: Os Sete Crimes Capitais

David Fincher (Clube da Luta, A Rede Social, Garota Exemplar) é um dos melhores diretores que já tive o prazer de apreciar e dono de inúmeras obras surpreendentes. Em seu filme de 1995 – Seven -, Kevin Spacey interpreta um serial killer que se baseia nos 7 pecados capitais (gula; cobiça; preguiça; luxúria; vaidade; inveja e ira) para cometer seus crimes. Entretanto, em seu sétimo ato, John Doe (Spacey) após se deixar ser capturado, conduz os investigadores David (Brad Pitt) e Somerset (Morgan Freeman) para fora da cidade, em um deserto. Como avisado pelo próprio assassino, uma encomenda chega ao local as 7 horas em ponto. Para a surpresa de David, na caixa está a cabeça de sua esposa grávida Tracy (Gwyneth Patrol), causando o desespero vingativo do investigador e tornando-se assim o pecado da ira. Neste filme, o personagem John Doe se tornou um dos maiores e mais inteligentes assassinos da cultura popular, do tipo que brinca com a polícia, revela todo o seu plano e ainda consegue alcançar seu objetivo final, mesmo depois de morto.

8.Julian – Filhos da Esperança

O ótimo Filhos da Esperança, dirigido por Afonso Cuarón (Gravidade), é uma adaptação do livroChildren Of Men, de P.D. James. O filme é uma ficção científica que se apoia no lado humano, fugindo um pouco dos padrões do gênero repletos de efeitos especiais (efeitos que não me incomodam, só estou enfatizando), usando-os apenas quando muito necessário. Além do excelente elenco (Michael Cane, Chiwetel Ejiofor, Juliane Moore), somos surpreendidos por bons momentos imprevisíveis, como por exemplo: a morte de Julian (Juliane Moore). Estamos em 2027, duas décadas depois da infertilidade humana, quando imigrantes em situação ilegal buscam abrigo na Inglaterra, onde o último governo em funcionamento impõe leis opressivas sobre a imigração. Theo (Clive Owen) e Julian são responsáveis por ajudar uma refugiada grávida a escapar do caos. Em uma cena inesquecível de fuga do grupo de Theo e Julian (uma sequência rodada em apenas um take, quando mesmo depois do pedido de corte do diretor, os atores continuaram a cena em improviso por vontade própria), a personagem de Juliane Moore é baleada na cabeça nos deixando sem ar e sem tempo para sentir sua morte com toda a adrenalina da cena.

7.Joe Brody – Godzilla (2014)

Confesso que prefiro o filme de 1998, mas o recente remake ainda me agradou. O nosso queridoBrian Cranston (eterníssimo Walter White/Isenberg de Breaking Bad) owna todos os trailers de Godzilla, fazendo com que o personagem de Aaron Taylor Johnson (Kick Ass) fique parecendo um mero coadjuvante. Mas é antes do meio do filme quando somos surpreendidos pela morte de Joe (Cranston, em uma grande atuação que roubaria a cena até do próprio monstro, no papel do homem que não aceita a morte de sua esposa) ao tentar avisar seu filho militar Ford (Taylor-Johnson) sobre os M.U.T.O.s. Infelizmente, o personagem de Brian Cranston tinha todo o potencial para protagonizar o filme, mas a luz ficou por conta da falta de brilho de Aaron Taylor-Johnson (gosto do ator, acredite), no papel de um jovem militar no arco monótono e sem muita emoção de sua família (que conta também com Elizabeth Olsen, os dois irão contracenar novamente em Os Vingadores 2: A Era de Ultron, como os irmãos Peter e Wanda Maximoff).

6.Dr. King Schultz – Django Livre

Sou suspeito para falar de filmes de Quentin Tarantino e, até mesmo, falar sobre cenas surpreendentes/inesperadas em seus filmes (esta não será a única nesse post). Em Django Livre (2013), acompanhamos a história do escravo Django (Jammie Foxx) em busca de sua esposa Brunhilde (Kerry Washington) em Candyland. Django recebe a generosa ajuda do caçador de recompensas Dr. King Schultz (Christoph Waltz em outra atuação digna de Oscar) e formam uma dupla improvável para o resgate. Em alguns momentos do filme, nos perguntamos se Schultz seria o verdadeiro protagonista, não fosse a premissa do resgate da esposa escrava de Django. Waltz tem a competência de entregar um personagem de frieza (em outro momento do filme, pede a Django que mate um homem na frente de seu filho) que se envolve emocionalmente na determinação do escravo para resgatar o que lhe pertence, dizendo até mesmo que se sente responsável por ele depois que o libertou. Uma obrigação sentimental, não moral. Após uma das melhores cenas do filme – o jantar em Candyland, aquele tipo de cena-bomba-relógio em que sabemos que em algum momento a coisa vai ficar feia -, em um ato de coragem/orgulho/amor, Schultz se sacrifica pelo casal de escravos para matar o asqueroso Calvin Candie (DiCaprio) e logo depois é gravemente baleado, sem chance de poder se despedir de seu pupilo. Waltz levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2013, mas foi tão protagonista quanto Foxx.

5.Billy Costigan – Os Infiltrados

O brilhante filme de 2006 dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Whalberg (indicado ao Oscar) e Martin Sheen, conta a história de Billy Costigan (DiCaprio em uma de suas atuações mais memoráveis) que recebe a missão de se infiltrar na máfia comandada por Frank Costello (Nicholson) e começa a ganhar a sua confiança, enquanto Colin (Damon), informante de Costello, se infiltra na polícia de Boston. DiCaprio entrega um protagonista explosivo e marrento que passa a ficar aflito com a vida dupla que leva (tendo a obrigação de levar informações para a polícia, caso contrário, seria mandado embora) e que acaba se envolvendo com a esposa (Vera Farmiga) de Colin. Apesar de virtudes como essas, não deixa de ser surpresa a sua morte, principalmente da forma que foi, com um rápido tiro na cabeça ao sair do elevador após prender Colin, finalmente. Os Infiltrados é um dos meus filmes favoritos, com a direção inconfundível de Scorsese e um elenco impecável. PS: A morte de Oliver Queenan (Martin Sheen) também é uma das mais inesperadas.

4.Obi-Wan Kenobi – Star Wars: Episódio IV

No primeiro filme produzido da franquia Star Wars (quarto na cronologia), de 1977, somos apresentados pela primeira vez a personagens icônicos e marcantes, como: Luke Skywalker (Mark Hamill, atualmente dublador oficial do Coringa em animações e jogos do Batman), Han Solo (Harrison Ford), Princesa Leia (Carrie Ficher), Obi-Wan (R.I.P. Alec Guinnes) e um dos maiores e mais marcantes vilões da sétima arte: Darth Vader (David Prowse e voz de James Earl Jones). No episódio IV, Luke Skywalker sonha ir para a Academia, mas se vê envolvido em uma guerra intergalática quando encontra uma mensagem da princesa Leia Organa para o jedi Obi-Wan Kenobi sobre os planos da construção da Estrela da Morte. Luke então se junta aos cavaleiros jedi e a Han Solo, um mercenário, para tentar destruir esta terrível ameaça ao lado dos membros da resistência. A surpresa (no péssimo sentido da palavra) fica por conta da morte de Obi-Wan ao lutar com Darth Vader, seu antigo aprendiz, na Estrela da Morte. A atuação de Alec Guinnes foi suficiente para um filme para nos deixar órfãos de um personagem tão querido. Que a força esteja com você, Obi-Wan/Alec.

3.Boromir – O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Eu sei o que você vai dizer: nenhuma morte de Sean Bean é inesperada. Mas acho inevitável comentar uma de suas mais marcantes no cinema. Em A Sociedade do Anel, um hobbit recebe de presente de seu tio o Um Anel, um anel mágico e maligno que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso Frodo (Elijah Woods) terá um caminho árduo pela frente, onde encontrará perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada aos poucos ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 pessoas que formarão a Sociedade do Anel. A morte de Boromir (Sean Bean), talvez meu personagem favorito do primeiro filme, não parecia ser algo muito inesperado (até porque já foi escrita em livro), mas a surpresa fica por conta da própria história do personagem ao longo do filme. Em muitas vezes, Boromir se encontra na tentação do Um Anel, a ponto de ameaçar trair a sociedade ao atacar Frodo para roubá-lo. Vale lembrar que em As Duas Torres, ficamos sabendo que seu pai havia lhe encarregado de pegar o anel. Porém, é logo após o ápice da tentação de Boromir de pegá-lo, que somos surpreendidos por seu sacrifício para salvar justamente Frodo e sua missão de destruir o precioso. Uma morte honrada de um personagem que preferiu morrer como herói e não viver como vilão (rá!) para salvar seu povo e seus amigos. “Fique em paz, filho de Gondor”.

2.Vicent Vega – Pulp Fiction

Como dito antes, temos mais uma obra do mito Quentin Tarantino nesta lista. E não, não é puxação de saco, eu realmente achei essas duas mortes muito inesperadas. O filme de 1994 tem uma estrutura narrativa não-linear e é contado em 4 capítulos. Grande parte do longa é repleto de diálogos e monólogos memoráveis e incansáveis (John Travolta, em sua atuação indicada ao Oscar, faz uma história sobre um hambúrguer parecer muito mais interessante). Vincent Vega (Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson também indicado ao Oscar por sua marcante atuação com frases que entraram para a história) são dois assassinos profissionais que trabalham fazendo cobranças para Marsellus Wallace (Ving Rhames), um poderosos gângster. Vega é forçado a sair com a garota do chefe, temendo passar dos limites; enquanto isso, o pugilista Butch Coolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder. A carreira de Travolta logo foi alavancada depois de alguns anos no fundo e, apesar da narrativa fora da cronologia e de seu protagonismo, o seu personagem é assassinado no terceiro capítulo (o marcante Relógio de Ouro) pelas mãos de Butch, nos ensinando que quando for ao banheiro, não esquecer a arma em cima da pia.

1.Malcom Crowe – O Sexto Sentido

Em primeiro lugar temos um dos maiores plot twist do cinema. O Sexto Sentido (1999) é dirigido pelo indiano M. Night Shyamalan (Sinais, Corpo Fechado, A Vila) e estrelado por Bruce Willis e o indicado ao Oscar Hayley Joel Osment (com apenas 11 anos na época). No filme, o psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente. A grande surpresa e reviravolta do filme é quando, no final do filme, é revelado que Malcom estava morto o tempo inteiro e que somente Cole (o garoto que vê gente morta) conseguia vê-lo. Eu nunca vou me esquecer da cena em que Malcom vai ao restaurante com sua esposa e ela, aparentemente, o ignora o tempo inteiro, quando na verdade, o personagem de Bruce Willis já estava morto. O tal paciente que cometeu suicídio no início do filme, também tinha matado o psicólogo com um tiro. Uma reviravolta que “amaldiçoou” Shyamalan, criticado por não conseguir alcançar o mesmo sucesso em seus suspenses posteriormente. Então todos os filmes dele tem que ter essa grande reviravolta? Eu acho que não. Sou fã do diretor e de seu estilo.

HOLANDÊSVOADOR

Embarcando no cinema

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